A obra será reeditada pela Todavia em território brasileiro, com chegada prevista às livrarias no dia 14 de janeiro de 2022.
Considerada como uma das autoras mais originais dos últimos tempos na literatura de língua portuguesa, Djaimilia escreveu um romance que dialoga diretamente com o romance pós-colonial e entrelaça o ensaio de identidade, a autoficção e a tragicomédia.
“A verdade é que a história do meu cabelo crespo intersecta a história de pelo menos dois países e, panoramicamente, a história indireta da relação entre vários continentes: uma geopolítica.” – Djaimilia Pereira de Almeida
Lançado originalmente em Portugal, em 2015, “Esse cabelo”, a obra de estreia da escritora portuguesa, nascida em Angola, Djaimilia Pereira de Almeida, será reeditada pela Todavia em território brasileiro, com chegada prevista às livrarias no dia 14 deste mês. Relembro que o livro foi lançado naquele país em 2017 pela Leya Brasil.
Nascida em Luanda, assim como a autora, Mila é filha de mãe negra angolana e pai branco português. Chega a Lisboa com a tenra idade de três anos e, a partir desse momento, sente-se estrangeira.
É pela lente do seu cabelo indomavelmente cacheado que a história de Mila entrelaça memórias de infância e adolescência, história familiar e reflexões sobre o tenso equilíbrio — interno e externo — de uma identidade europeia e africana.
Escrito num estilo que mescla a fabulação romanesca com o ensaio, a crônica, o manifesto e a comédia cultural, “Esse cabelo” insere-se num diálogo global cada vez mais crescente sobre racismo, feminismo, colonialismo e independência.
Da mesma autora, no ano passado, a Todavia editou “A visão das plantas”, uma das obras que venceu a edição de 2020 do Prémio Oceanos de Literatura. Isto ocorreu depois de, na edição de 2019 desse mesmo galardão literário, a autora ter vencido o prémio já mencionado com o romance “Luanda, Lisboa, Paraíso”, publicado pela Companhia das Letras.
Atualmente, em Portugal, os livros da autora estão a ser editados pela Relógio D’Água.
Fonte: Sonhando Entrelinhas | 04-01-2021
Foto: Djaimilia Pereira de Almeida [Divulgação]
