:: Apresentação do livro
I CAN’ T BREATHE, DAMAS DA NOITE, UMA FARSA DE ELMANO SANCHO, A ÚLTIMA ESTAÇÃO
27 de março, às 15h30, no TAGV | 9 de abril, às 16h, no Teatro Nacional D. Maria II
PREÇO | entrada livre (lotação limitada)
Local café TAGV
Apresentação do livro que reúne os textos I Can´t Breathe; Damas da Noite, Uma Farsa de Elmano Sancho e A Última Estação de Elmano Sancho com apresentação de Eugénia Vasques
O primeiro texto, “I Can´t Breathe” (2015), foi escrito durante os ensaios. Através de entrevistas e improvisações com a atriz Ana Monte Real e o próprio autor-ator Elmano Sancho, construiu-se um guião que apresenta algumas características dos filmes pornográficos. “I Can´t Breathe” poderia ser o título de um filme para adultos. O texto revela a incapacidade em respirar numa sociedade contemporânea que tende à uniformização e que insiste em revelar e acabar com os mistérios da vida e da alma humanas. O processo de trabalho em “Damas da Noite, Uma Farsa de Elmano Sancho” (2019) foi muito semelhante; o texto surge da necessidade em dar vida a Cléopâtre, sob o olhar atento das dragqueens-performers do espetáculo. Juntos, os intérpretes dão nome, corpo e voz a uma pessoa-personagem que nunca existiu e que vem anunciar ao mundo uma (boa?) nova. Em “A Última Estação” (2018), o autor parte da Paixão de Cristo e das Estações da Via Sacra para a construção do texto. Há aqui uma nova abordagem: a simbologia cristã como inspiração para a estrutura dramatúrgica e cénica. A XV e última estação, A Ressurreição, poderá ser, em certa medida, um dos motes da escrita dos textos teatrais de Elmano Sancho: a urgência de se reinventar a cada novo instante.
:: Espetáculo
DAMAS DA NOITE, UMA FARSA DE ELMANO SANCHO
Dia Mundial do Teatro | Domingo, 27 de março de 2022 às 19h00
Elmano Sancho evoca a conflituosa reviravolta de expectativas em torno do seu nascimento para levantar o véu de Damas da Noite: os pais esperavam uma menina, de nome já destinado, Cléopâtre, mas nasceu um menino. O encenador pretende assim dar vida a esse outro desejado de si mesmo, como se este fosse uma espécie de duplo e existisse numa realidade paralela que Damas da Noite encena. Para erguer essa figura ficcionada chamada Cléopâtre, Elmano Sancho imergiu no mundo fascinante e provocador do transformismo. Os artistas transformistas “vestem a pele de um outro, tentam ser um outro”. São “flores que abrem de noite”, intérpretes de uma transformação “pautada pela transgressão, o desconforto, a ambiguidade, a brutalidade dos corpos e a violência das emoções”. Através dessa interpretação paradoxal da diferença, Damas da Noite explora a presença ou ausência de fronteiras entre realidade e ficção, ator e personagem, homem e mulher, teatro e performance, tragédia e comédia, original e cópia, interior e exterior, dia e noite. Nesse jogo de relações, aposta-se a identidade como matéria fluida, “rimbaudiana”, revelando o outro que somos, o estrangeiro que albergamos.
Ficha Técnica e Artística
texto e encenação Elmano Sancho
interpretação Dennis Correia aka Lexa BlacK, Elmano Sancho, Pedro Simões aka Filha da Mãe, Marie Carré (em vídeo)
espaço cénico Samantha Silva
desenho de luz Alexandre Coelho
fotografia Sofia Berberan
assistência de encenação Paulo Lage
figurino de Elmano Sancho Olga Amorim
figurino de Filha da Mãe Guilherme Gamito
figurino de Lexa BlacK Dennis Correia João Maria Oom
produção executiva Nuno Pratas
coprodução Teatro Nacional D. Maria II, Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, Culturproject, Loup Solitaire, Teatro Nacional São João
parcerias Abraço, Acegis, Associação Plano I
projeto financiado República Portuguesa – Ministério da Cultura/DGArtes
auditório TAGV
duração aprox. 1h00 | M16
€1 preço especial
Bilheteira TAGV 1 hora antes dos espetáculos e 30 minutos antes das sessões de cinema. Encerra 30 minutos após o seu início