“O presente CD, intitulado The Franco-Belgian Album, como o nome indica, é dedicado à música e compositores franceses e belgas do período de ouro do Romantismo para violino e piano destes dois países.
Os autores belgas são representados por Henri Vieuxtemps e César Franck, ao passo que os franceses por Gabriel Fauré e Camille Saint-Saëns.
Com a excepção da Berceuse Op.16 de Fauré e a peça virtuosa Caprice d’après l’Etude en forme de Valse Op.52 de Saint-Saëns, que são bastante populares no repertório da maior parte dos violinistas de concerto, as obras belgas, de Vieuxtemps e Franck respectivamente, são partituras praticamente desconhecidas do publico, o que é estranho, dado serem peças de grande valor musical e artístico e que merecem muito justamente serem tocadas e gravadas mais vezes.
Tanto eu como o pianista João Paulo Santos esperamos que com este registo, outros músicos possam conhecer e apreciar estas jóias da música para esta formação e que estas passem a figurar mais vezes nas salas de concerto e noutros álbuns.”
Bruno Monteiro
Excertos de críticas de imprensa:
“As apresentações são também intensamente pessoais, onde o toque humano é sempre sentido (não há nada de robótico nas suas corridas, por exemplo), e a intimidade da sua execução cria a impressão de que os dois tocam na sala de estar e não numa sala de concertos. Gravado durante dois dias em Julho de 2024, The Franco-Belgian Album constitui um valioso complemento à discografia que o violinista português e o seu parceiro de recital de longa data vêm construindo há muitos anos.” Textura
“Enquanto na Sonata Vieuxtemps os dois músicos primam por um som brilhante e leve, nas peças de Franck encontram um som mais quente e aveludado que se adequa a estas obras. Também no Saint-Saëns e no Fauré não se preocupam particularmente com o brilho, e a sua execução é de grande calor e sensualidade. O programa termina com um capricho composto por Ysaÿe a partir de um estudo de Saint-Saëns, que exige do violinista um virtuosismo incrível.” * Pizzicato Magazine
“Uma boa execução em conjunto é essencial neste domínio e só neste ponto os dois instrumentistas causam uma excelente impressão. O que também é forte é que eles acreditam mesmo em cada compasso desta música. Pelo menos é o que parece. As suas performances exalam muita energia, lirismo e carácter. O timbre bastante leve do violino de Monteiro combina perfeitamente com os lados mais exuberantes e virtuosos destas peças, enquanto o tom um pouco mais sombrio serve a introspecção (como na Mélancolie de tons escuros de Franck e no Andantino quietoso, de Saint-Saëns, que envolve-se em tons intermédios). O piano ricamente variado de Santos é tão irresistível como o violino de Monteiro. A bela gravação é a “cereja no topo do bolo” franco-belga.” Opus Klassiek
“Todas as peças são muito bem interpretadas por Bruno Monteiro, que, mesmo nesta ocasião, mostra a sua entrega particularmente expressiva nas peças lentas, como a muito doce e evocativa Mélancolie, e a sua extraordinária habilidade técnica nas passagens virtuosísticas. A acompanhá-lo ao piano está João Paulo Santos, que nunca sobrecarrega o solista com quem pelo contrário se integra perfeitamente nos momentos em que dois instrumentos dialogam entre si.” GBOPERA