No último capítulo da trilogia “A Sagrada Família”, Elmano Sancho foca-se em José, um ator velho e desempregado que renuncia ao papel de pai. A peça está em cena no Teatro Carlos Alberto entre os dias 15 e 18 de junho.
Depois de Maria, a Mãe e de Jesus, o Filho, Elmano Sancho leva agora a cena José, o Pai, o último capítulo da trilogia A Sagrada Família, projeto de longo curso que o autor e encenador iniciou em 2018. Tal como nos capítulos anteriores, a história de José é a história única de uma família infeliz.
Vítima de um mundo que exige novas formas de autoridade, José é um ator velho e desempregado, que, desatualizado e incapaz de gerir a sua “missão”, abandona o papel de pai. Mas José – para onde convergem as figuras de Deus Pai e do Diabo – não cede o seu lugar. Colocando em tensão os arquétipos da cultura patriarcal, a peça põe em destaque o universo feminino face à hegemonia masculina e às relações de poder instituídas.
José, o Pai estreou na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão no dia 26 de maio. Chega ao Teatro Carlos Alberto, no Porto, a 15 de junho, onde fica em cena até ao dia 18. As sessões de quinta-feira e sábado são às 19h00, a sessão de sexta-feira é às 21h00, e a de domingo às 16h00. O preço dos bilhetes tem o custo de 5 e 10 euros.
José, o Pai
autoria e encenação Elmano Sancho
cenografia Samantha Silva
figurinos Ana Paula Rocha
desenho de luz Pedro Nabais
assistência de encenação Paulo Lage
interpretação Djucu Dabó, Isadora Alves, Jorge Pinto, Sílvia Filipe
coprodução Loup Solitaire, Teatro da Trindade, Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, Cineteatro Louletano, Teatro das Figuras, Teatro Nacional São João
dur. aprox. 1:15
M/16 anos