Carlos Pacheco nasceu em Luanda em 1945 e estudou História na Universidade de Lourenço Marques, Moçambique, e na Universidade de São Paulo, Brasil.

A sua obra historiográfica distingue-se por ser polifacetada. Abarca temas que cobrem períodos distintos da História de Angola: de um lado a 1.ª metade do século XIX com estudos sobre a dinâmica das sociedades euro-africanas do litoral angolense e, do outro, o período da luta armada em Angola, incluindo o processo pós-colonial. Nesta linha tão diversificada de assuntos, publicou vários trabalhos que têm por objeto a história de famílias tradicionais angolanas de matriz napolitana. A este acervo juntam-se três volumes consagrados ao poeta José da Silva Maia Ferreira (1827-1867) e um ensaio sobre leituras e bibliotecas no marco da cronologia oitocentista.

São de destacar ainda no conjunto da sua obra os seguintes títulos em livro: “MPLA. Um Nascimento Polémico. As Falsificações da História” (1997), “Repensar Angola” (2000) e “Angola, Um Gigante Com Pés de Barro e Outras Reflexões Sobre a África e o Mundo” (2010).

Relativamente aos atuais e complexos problemas sociopolíticos e económicos da Humanidade, escreveu “O Espelho do Abismo”, texto presente na coletânea “O Estado do Mundo” publicado em 2006 sob os auspícios da Fundação Calouste Gulbenkian.

Coordenou, por outro lado, o livro Humberto Delgado, “As Eleições de 1958” (1998) e nele se insere um trabalho da sua autoria, “Angola: a Descrença dos Africanos nos Candidatos da Oposição” (cap. VII). Em 2003 coordenou a versão portuguesa da obra de Klaas Ratelband, historiador holandês, intitulada “Os Holandeses no Brasil e na Costa Africana: Angola, Kongo e São Tomé” (1600-1650), assinando o prefácio, a biografia e as anotações adicionais ao texto.

Prefaciou de igual modo o testemunho-novela de Sum Marky, “Crónica de Uma Guerra Inventada” (1999), e o livro de José Milhazes, “Angola, O Princípio do Fim da União Soviética” (2009).

Publicou inúmeras crónicas em jornais portugueses e angolanos e uns quantos artigos em periódicos do Rio de Janeiro e São Paulo.

Tem-se dedicado a proferir palestras e conferências, sobretudo em Universidades portuguesas e brasileiras, sendo os destinatários alunos de pós-graduação a cursar estudos comparados de Literaturas de Língua Portuguesa e História Contemporânea.

É luso-angolano e divide o seu tempo familiar e de pesquisa entre Portugal e o Brasil.

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Carlos Pacheco
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