Isadora Dantas estreia “Sete Poemas”

Sete Poemas” é uma coleção de poemas em movimento, instantes de dança, a poesia do gesto. Cada um deles traz uma cor específica, um perfume próprio, um corpo único. São diferentes criaturas, cada uma um afeto, um pedaço do mundo que ficou alojado no corpo… mais brilhante, mais risonho, mais melancólico, mais serpenteante, mais doloroso, uma lágrima, um grito, uma gargalhada, um sapato, um chapéu, a magia, a liberdade, a dor, a poesia, a alegria, o amor, o encontro. 

Esta peça de dança brota do atrevimento de dançar a cada dia…insistentemente dançar para estar viva. É o sonho de ouvir as especificidades das criaturas que se revelam ao longo deste caminho de demora com a dança. Ensina à bailarina que aqui escreve que dançar pode ser convidar-se a percorrer um caminho que não sou “eu” que traço…confiar que a dança dança. Neste solo de dança o corpo ouve as histórias de um chapéu, de uma velha que vê algo no chão, brinca com coisas, agradece o encontro com as pessoas, nunca está só! O convite aos músicos Bruno de Azevedo, Fernando Ramalho, Marcos Aganju e Thiago Righi a oferecerem cada um uma composição musical a quatro destes poemas-danças concretiza o sonho de que composições únicas escutem danças diferentes e as convidem a respirarem com mais um corpo, a música. 

Ficha Artística
Criação e Dança: Isadora Dantas
Acompanhamento em Estudos do Corpo e do Movimento: Sofia Neuparth
Criação Musical:Bruno de Azevedo, Fernando Ramalho, Marcos Aganju e Thiago Righi
Produção: Cristina Vilhena e c.e.m – centro em movimento
Figurino: Isadora Dantas
Fotografia: Clara Bevilaqua
Design de Divulgação: Guilherme Allain
Agradecimentos: Marta Fandiño, Gonçalo Pires, Margarida Agostinho, Leila Ortiz, Olga Miranda, Julia Dickow, Parker Herring, Newton Dantas, Mariana Lemos, Peter Michael Dietz, Dally Schwarz, Filipa Moraes, Rui Antunes, Clara Antunes, BatukedoPé, Valéria Sanches…
Apoio: c.e.m. – centro em movimento

:: ESTREIA ::
9 e 10 de abril de 2022 | Centro Cultural Malaposta (Sala Experimental)
sábado às 19H30; domingo às 16H30
Duração: 45 min
Classificação etária: M/6
Bilhetes: 10€ | descontos aplicáveis | » Comprar

ISADORA DANTAS é bailarina, investigadora, criadora. Trabalha cada dia para que o dançar seja sempre fonte de criação e membrana para o afeto, nutrir linhas de relação que criam corpo e potenciam existência. Caminha em criação e investigação junto do c.e.m – centro em movimento, desde 2017. É gestora e coração do centro de documentação do c.e.m. O Festivais Pedras trouxe o convite dançado “Ponto de Encontro Para o Encontro”, nos Arcos do Terreiro do Paço (2019); partilhou a investigação “Esboço Para Um Poema Em Dança” (2020), com o apoio da Bolsa Jovens Criadores do Centro Nacional de Cultura e o estudo “Deixa-me Errar Esta Dança!” (2021), num primeiro ato de dança solo e um segundo ato dueto falado-dançado com Gonçalo Pires. Aprendiz de figurinista, cria as roupas das suas peças. Faz parte da companhia sem autor Pátio – como viver juntos mais que um?. No Brasil, a sua formação em dança passa pela jazz dance, pelo sapateado, pelo ballet clássico, no encontro com o CEB (Centro de Estudos do Balé) coordenado por Zélia Monteiro, e pela licenciatura em Comunicação das Artes do Corpo pela PUC-SP. Em Lisboa integrou o programa de formação/investigação O Risco da Dança (2017-2018), no c.e.m. em estágio profissional. Também com o c.e.m, atravessou a FIA – Formação Intensiva Acompanhada (2019) e o convite à prática imersiva em cidade-corpo, a DEMORA. Como intérprete dançou em festivais como Festival de Joinville (2013), ENDA (Encontro Nacional da Dança), no France Danse 2016 (em Cribles de Emannuelle Huyn) e Volusiano na Praça (2015). 

SOFIA NEUPARTH tem um percurso singular na Arte Contemporânea em Portugal. No final dos anos 80 deu forma a um espaço de investigação artística que sustenta as práticas nos estudos do Corpo, do Movimento e do Comum: o c.e.m – centro em movimento. Professora, investigadora e criadora de danças tem participado em várias conversas e conferências mantendo acesa a reflexão continuada a que se dedica, exercitando como viver juntos e como a Arte é uma forma fundamental de Conhecimento. Abrindo a experiência da dança ao encontro com outras formas de conhecimento como a embriologia ou a filosofia emergiram criações como “mmm-um poema físico” (2005), “práticas para ver o invisível e guardar segredo” (2010), “1 ou 2 contentamentos comedidos” (2011), ou “Sopro” (2017), com Margarida Agostinho e Bruno de Azevedo. Tem colaborado com as publicações do Pedras desde 2012, “Arte Agora” (2011), coorganizado com Christine Greiner, “Cidade Desassossegada”(2015), com Monde Diplomatique e Ana Estevens ou “Criar Corpo-Criar Cidade” com o projeto Ágora.  Nas “escritas em estado de dança” destaca “práticas para ver o invisível e guardar segredo” (2010), “movimento” (2014) e “Criação” (2020), este último com Margarida Agostinho. Ainda em 2020 criou o áudio livro musicado e produzido por Bruno de Azevedo “Histórias de um cabelo”. 

BRUNO DE AZEVEDO, nascido no ano de 1980, é produtor, engenheiro e compositor musical, para além de guitarrista, teclista e baixista. Em Portugal fez formação na EPMA, tocou em diversas bandas, deu aulas de guitarra e trabalhou como técnico de som em diferentes instituições. Em 2009, frequentou o curso de Engenharia de Áudio no Instituto SAE, Londres, realizou gravações nos estúdios Abbot Street, e deu entrada no Mestrado de Produção Musical na Universidade de Westminster, que concluiu com mérito em setembro de 2011. Na sua estadia em Londres trabalhou com profissionais de excelência, como Bob Katz, Steve Albini, Matt Hyde, Kevin Paul, Stephen Street ou Justin Fraser. Em 2014 criou a BZ 5 Records onde exerce a sua profissão internacionalmente nas áreas da música, cinema e sound design. Colabora frequentemente com o c.e.m – centro em movimento nas áreas de filme, música e áudio tendo filmado e realizado todos os documentários do Pedras-práticas com pessoas e lugares desde 2014. Em 2017 compôs e desde então está a “performar” ao vivo a música do solo de Sofia Neuparth (“Sopro”) com Margarida Agostinho. Durante 2018 e 2021 tem sido continuamente convidado para criar peças em vídeo-música-produção áudio. Em 2020 lançou “AWAY” um projeto sonoro a solo com imagem de Play Bleu, que integra as suas diversas experiências desde o metal ao cinemático, ao industrial, punk, ou música clássica e 4U um projeto para guitarra solo. 

CRISTINA VILHENA, produtora/performer, faz o acompanhamento e produção de todas as práticas do c.e.m e do projeto Pedras em cada temporada desde 1999, tendo desenvolvido qualidades especiais na relação em proximidade com os cidadãos e integrando equipas do c.e.m que desenvolvem trabalho com pessoas e lugares noutras localidades em Portugal e no Brasil. 

GUILHERME ALLAIN é brasileiro, recifense, com alguns anos também vividos em França e Portugal. O seu currículo constrói-se a partir de experiências académicas e profissionais como a Licenciatura em Comunicação Social pela Universidade Católica de Pernambuco (2008-2013), a Pós-Graduação em Culturas Participativas na Universidade Paris8 (2014-2016) e experiências profissionais como redator de conteúdo em agências de comunicação, analista de marketing digital, comunicador em associações ligadas à economia social e solidária, ao trabalho em acervo audiovisual, à educação popular e à educação artística (2010 em diante). Neste percurso desenvolve competências auxiliares como design gráfico e editorial, planeamento e gestão de websites, montagem audiovisual, fotografia digital e tratamento de imagem. Movido pela pergunta do que é ser corpo-cidade-comum, caminha em investigação artística junto ao c.e.m desde maio 2019, onde atravessa a demora e o Pedras19, o tempo de mergulho–risco da dança, FIA, demora e Pedras20, ajardina o Espaço Experimental (2020) e o blog imunidade poética. Desde agosto de 2020 continua o trabalho experimentando o que pode ser a presença e o acompanhamento que se faz de forma remota. Também a partir deste encontro, trabalha atualmente na criação da “casa-daninha”, um espaço (hoje imaterial) na cidade do Recife dedicado a experimentar através da investigação artística outras possibilidades de realidade, cidade, ecologia, tempo, construções de pensamento e relações com a criação. 

OLGA MIRANDA conhece o c.e.m desde 2008. Realizou a sua primeira partilha sobre a documentação “caderno: a brecha e o caranguejo”, no espaço experimental, 20 de dezembro de 2019 e durante o Pedras20 – “Don´t feed the meaning” - documentação em movimento. Trabalho que resulta do mergulho dado durante as práticas de fundo do c.e.m (desde 2017), através da afinação da escuta e presença, ser estar com corpos dançantes, fotografia e vídeo, desenho e escrita. O interesse pela área de fotografia surgiu desde a sua infância. Realizou o curso profissional de fotografia no Instituto Português de Fotografia (2008), tendo demorado entre 2009-2011 (trabalho com pintura); 2008-2013 (retrato de mulheres grávidas); 2014 e 2016 (fotografia de autor – viagens – América latina); desde 2017 até ao presente (documentação no c.e.m). 

sete poemas de isadora dantas
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Isadora Dantas
isadoradantas34@gmail.com
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