A dissertação de mestrado da pesquisadora brasileira Bruna Trindade, intitulada “Edição do Plano Sobre a Civilização dos Índios do Brasil: contribuições para aspectos sócio-históricos do português no Brasil do século XVIII” (2016) foi o ponto de partida para a tese vencedora do Prémio Capes de Tese 2025, na área de Linguística.
O trabalho, orientado pela Profa. Dra. Teresa Brocardo, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, ainda em 2016, analisou um documento setecentista preservado no Arquivo Distrital de Évora e contou, à época, com o apoio do Centro Nacional de Cultura (Portugal).
Esse primeiro percurso investigativo se desdobrou, posteriormente, no projeto de doutoramento de Bruna Trindade, que teve como foco central a contribuição das línguas indígenas para a formação do português brasileiro.
A pesquisa resultou numa tese de mais de 800 páginas, financiada pela FAPESB, dedicada ao estudo minucioso do códice 69 da Biblioteca Geral de Coimbra, manuscrito do século XVIII sobre a Língua Geral Amazônica.
Defendida na Universidade Estadual de Feira de Santana (Brasil), sob a orientação das Professoras Alícia Lose e Zenaide Carneiro, a tese foi reconhecida como a mais relevante pesquisa brasileira em Linguística defendida em 2024.
O trabalho é fruto de uma colaboração internacional entre universidades brasileiras e portuguesas, consolidando a importância dos estudos filológicos e históricos no diálogo transatlântico sobre a língua portuguesa.