“A Paz é a Paz”, de Ricardo Boléo, no Teatro Romano

19 e 20 de abril | 20h30
Museu de Lisboa – Teatro Romano
Bilhetes disponíveis na bilheteira do Teatro Nacional D. Maria II

Sabemos da guerra porque a bala guardada nos corpos mortos, mutilados, doentes dos homens é cuidada por mulheres. Mulheres que redesenham o mapa dos estilhaços nos seus corpos, longe, mas íntimos, de outros combates. Mulheres que lutam com os pesadelos, com os silêncios e com as dores. Mulheres que clandestinamente pensam na morte e tragam os gomos de uma laranja, comendo um poema de vísceras e paz.

A Paz é a Paz é sobre estas mulheres. É um Teatro de Guerra que começou na vida da jornalista e poeta Maria João Carvalho para logo abraçar a Guerra Colonial, nos braços das suas madrinhas, e pensar na Ucrânia e na Palestina. A Guerra, afinal, é a Guerra. E para lá da ausência de frutos nas árvores, de cães e gatos nas ruas, para lá da ausência de pão e teto, acendem-se poemas como estrelas.

A Paz é a Paz é um espetáculo de rescrita d’A Paz, de Aristófanes, afirmando-a como uma tragédia que coloca o público frente-a-frente, corpo-a-corpo, olhos-nos-olhos, entre o conflito e o poema, tateando a espessura da paz entre os escombros.

EQUIPA ARTÍSTICA
Criação
UMCOLETIVO
Dramaturgia
Ricardo Boléo, a partir d’A Paz, de Aristófanes, da obra jornalística e poética de Maria João Carvalho, de Nea Kavala, Nea Kavala de Frederico Martinho e de entrevistas a refugiadas,
madrinhas e enfermeiras de Guerra.
Interpretação
Afonso Teixeira Miguel (trompete), André D. Silva (guitarra), André Nunes da Silva (trombone), André Silvestre (trompete), Cátia Terrinca (voz), Diego Almeida (saxofone barítono), Gonçalo Nunes (percussão), Inês Gomes (percussão), João Maria Carvalho (voz), Maria Ceia (percussão), Maria Falca (trompete), Mariana Ramos Correia (violoncelo e voz), Ousmane Thiocone (percussão), Teresa Corte-Real (saxofone tenor), Vasco Pereira (saxofone tenor)
Cenografia
Bruno Caracol
Figurinos
Raquel Pedro
Desenho de luz
João P. Nunes
Composição musical e sonora
João Maria Carvalho, João P. Nunes, Sofia Pinto
Mediação
Rui Salabarda Garrido
Produção
UMCOLETIVO
Coprodução
Teatro Nacional D. Maria II, CAE Portalegre, Município de Ponte de Sor e Município da Figueira da Foz
Parceiros
Banda Euterpe, Centro Comunitário da Charneca, Hot Clube Portugal, Município de Portalegre, Orquestra Ligeira do Município de Ponte de Sôr e Quinta Alegre
Parceria Abril Abriu
Museu de Lisboa – Teatro Romano / EGEAC

UMCOLETIVO é uma estrutura artística financiada pela República Portuguesa – Cultura / DGArtes.

A Paz é a Paz integra o Ciclo Abril Abriu, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II.

Incluído na programação Festas de Abril 2024

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Ricardo Boléo
ricardoboleo@hotmail.com
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