Nascido e criado no concelho da Guarda, é lá que frequenta os estudos iniciais. Licenciou-se, depois, em Língua e Cultura Portuguesas pela Universidade da Beira Interior e, mais tarde, especializou-se com o grau de Mestre em Ciências da Fala e da Audição pela Universidade de Aveiro.

Coordenou o serviço de animação cultural na Câmara Municipal da Guarda e foi cofundador do Grupo de Teatro Aquilo.

Dirigiu vários festivais de música, teatro e performance.

Além de ator, escreveu, entre outras, as peças “Culpas”, “Bestiário”, “Memória de sombras e pedras”, “Mão deslizante sábia no amor invisível”, “O mal” e “Como um relâmpago”.

Publicou vasta obra na área da poesia, dramaturgia, passando ainda pela crónica.

Foi coordenador dos “Cadernos de Poesia do Grupo de Teatro Aquilo”, do “Boletim Oppidana”, da coleção de cadernos “O Fio da Memória”, da revista “Praça Velha” e dos “Cadernos TMG”.
É considerado o maior nome da Poesia Sonora em Portugal, sendo pioneiro na área, com discos gravados e realizou atuações em vários festivais da Europa e da América do Sul.

Trabalha a nível experimental com a voz desde 1979, altura em que estagiou com a atriz Catherine Dasté em Paris.

Poeta sonoro, encenador e programador de eventos culturais, tem desenvolvido um trabalho contínuo de improvisação vocal para teatro, música, poesia, dança e performance, onde para além da voz, utiliza brinquedos, apitos, silos metálicos, buzinas de ar e cornetas de plástico.
Participou em vários workshops de improvisação musical e vocal. Lançou o primeiro disco de “música vegetal” (Aorta tocante) onde utiliza um instrumento popular vegetal (pecíolo de aboboreira), cujo som inusual é uma “espantosa” descoberta musical.

Destaca-se também na imprensa escrita e na rádio. Colunista em vários jornais, especialmente no Terras da Beira, foi-lhe atribuído o Prémio Gazeta de Jornalismo Regional e o Prémio Nacional de Jornalismo Regional.

Participou no Anuário de Poesia da editora Assírio & Alvim em 1984, 1986 e 1987, na Seleção de Poesia Portuguesa Tempo Migratório da editora Lumiar e na antologia de poesia Gabravo.

Em 2011 foi homenageado pelo Ministério da Cultura, que lhe atribuiu a Medalha de Mérito Cultural, pelo contributo para o desenvolvimento cultural da região da Guarda.

De 2005 a 2013 ocupou o cargo de Diretor Artístico do Teatro Municipal da Guarda (TMG).
É desde fevereiro de 2019, Diretor-Geral das Artes.

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Américo Rodrigues
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