Pedro Manuel (1980) é encenador e investigador de teatro.
Estudou Filosofia e Estudos de Teatro em Lisboa e encontra-se neste momento a concluir a dissertação de Doutoramento na Universidade de Utrecht (Holanda) sob o tema de espetáculos de teatro sem atores.

Tem trabalhado como ator e encenador, guiado pelo interesse em cruzamentos disciplinares, arte conceptual, modos de participação e representação e boas histórias

Como artista tem colaborado com diversos encenadores e companhias: Arteviva – Companhia de Teatro do Barreiro, Teatro O Bando, Maria Gil, André Amálio, Pedro Gil, Filipe Crawford, Madalena Vitorino.

Frequentou o Seminário Internacional de Jovens Encenadores (Teatro Nacional D. Maria II, 2003) onde trabalhou com Krystian Lupa, Gennadi Bogdanov, Eimuntas Nekrosius, entre outros.

Coordenou o Ciclo de Leituras Encenadas, encenando “O Urso/ Pedido de Casamento” de Anton Tchékhov, “O Canto do Papão Lusitano” de Peter Weiss e “Branca de Neve” de Robert Walser, com o Arteviva – Companhia de Teatro do Barreiro.

Em 2005 fundou a Vigilâmbulo Caolho, trabalhando como dramaturgo, encenador e intérprete, na criação de oito espetáculos: “O Armário”, criação coletiva; “Debaixo da Cidade”, de Gonçalo M. Tavares; “País Imaginário”, texto original inédito; “Amor é grátis”, criação coletiva; “Fábrica”, de Ascanio Celestini; “Fin Departure”, criação coletiva; “O Senhor Valéry”, de Gonçalo M. Tavares.

Encenou o espetáculo “Chez Kantor“, inspirado em Tadeusz Kantor, com o Novo Núcleo de Teatro da FCT, apresentado em Lisboa, Almada e Évora, entre outros. “Prémio do Público” no festival FATAL, reposição no Teatro Nacional D. Maria II (2008-09).

Trabalhou como formador de teatro com crianças no Centro de Pedagogia e Animação do CCB e no Programa de Enriquecimento Curricular; e como professor na Licenciatura de Artes Performativas da ESTAL e na Licenciatura de Design do IADE (2008-09).

Licenciado em Filosofia (FCSH-UNL, 1998-02) e Mestre em Estudos de Teatro (FLUL, 2002-04), elaborou as teses “Ilusão Dramática” orientado pelo Prof. José Gil e “Do teatro da morte à teatralidade” orientado pela Profª Maria Helena Serôdio.

Estágio Profissional como Produtor e Programador de Teatro do Auditório Municipal Augusto Cabrita (2004-05).

Publicou artigos e críticas nas revistas on-line O Melhor Anjo, Questão de Crítica (BR), e nas revistas Sinais de Cena, Textos e Pretextos, Teatro O Bando, sendo colaborador regular da Revista Obscena.
O seu arquivo de textos críticos encontra-se em http://paperpedro.blogspot.com

O seu trabalho apresenta um impulso interdisciplinar, explorando as noções de representação e identidade, comunidade e participação. Novos conceitos aparecem no seu discurso estético e artístico: “theatron” enquanto perspetiva, “agente” em vez de ator, “desmaterialização”, “teatralidade”.

Criou a oficina “Museu dos Dias Úteis”, apresentada no FIAR em Palmela (2008), Museu Nacional de Arte Popular em Maputo (2009) e programado para vários teatros pela Artemrede (2009-10).

Em 2009 viajou até Maputo, desenvolvendo o projeto “Oficinas de Design e Teatro Participativo” com Barbara Alves e o Grupo de Teatro do Oprimido, e com a Licenciatura de Teatro da ECA-UEM. Com o grupo Luarte desenvolveu o projeto Representação Política sobre a relação entre teatro e representatividade política (2009). O projeto foi apoiado pelo Programa Gulbenkian de Apoio ao Desenvolvimento da Fundação Calouste Gulbenkian.

Concluiu “Localismos”, uma pesquisa sobre projetos de Arte e Teatro Comunitário na Holanda, selecionada pela Bolsa Jovens Criadores do Centro Nacional de Cultura (2009-10). “Localismos” contou ainda com o apoio da designer Barbara Alves, na sugestão de projetos sobre Arte Comunitária, na compreensão de conceitos sobre Design Participativo e cultura holandesa.

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Pedro Manuel
pedromanual@hotmail.com
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